terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bebidas, Cigarros e Acidentes, correm soltos por aí



O cigarro, que já foi símbolo de glamour nas décadas passadas, hoje é visto como vilão assassino, o único responsável pelas mortes de câncer no país.

Se o camarada morre de carcinoma no fígado, lá vem o anti-tabagista (muitas vezes, o chato do ex-fumante) e diz que a culpa foi do cigarro. Tá. É isso?

O cigarro é um veneno, vendido de forma legal, e uma fonte inesgotável de impostos para o governo. Tirando o fumante ativo (aquele que fuma, e vai se matando aos poucos) e o passivo (o pobre coitado que é obrigado a receber baforadas na cara por não ter outra alternativa), quem mais o cigarro mata? Mais ninguém.

E o álcool? Uma droga socialmente aceita e vendida à vontade em qualquer canto deste mundão. Às vezes, você entra em um bar de beira de estrada querendo algo para comer e não encontra, mas bebida alcoólica, encontra, sim!



Ninguém bate na mulher porque chegou em casa "fumado", mas quantos são os casos de maridos que chegam em casa BÊBADOS e espancam suas esposas? Muitos! Um número incalculável!



Quantos acidentes de carro ocorrem porque o motorista fumou? E quantos acontecem porque o motorista bebeu?

Hoje em dia, nem cartazinho de cigarro na padaria pode. Enquanto isso, anúncios de bebidas alcoólicas invadem quase todos os horários na TV, incluindo-se aqueles onde crianças e jovens são boa parte da audiência.

Por que essa hipocrisia em atacar o cigarro sendo que o álcool mata muito mais?



Aí, vem um ou outro médico e diz que beber vinho faz bem para o coração. Só que eu não sou médico, mas sei que o que é benéfico à saúde não é o vinho, que contém álcool, e sim a uva, que contém flavonóides. São os tais flavonóides que fazem bem à saúde. Então, em vez de vinho, basta tomar suco de uva. E pronto.



Um cara que chega na televisão, para uma audiência espetacular, e fala que é bom beber vinho, e nem sequer cita que tomar o suco de uva dá no mesmo, para mim, das duas, uma: ou ele é garoto-propaganda "enrustido" de alguma vinícola ou... um louco foragido de algum hospício por aí.



Mas a questão principal seria a diferença de tratamento entre fumante e beberrão. E ambos trazem problemas, mas os da bebida parecem ser mais amplos e com menores chances de defesa às vítimas. No entanto, a bebida recebe tratamento de muito glamour. Sempre vem o estímulo gigante e depois uma frase tímida, quase inaudível, a recomendar que encha a cara, mas não dirija. Como se o mal estivesse só em dirigir.

Quem fuma, prejudica com o cheiro da fumaça, quem bebe, com o da bebida. Quem fuma pode prejudicar o outro com o ardor nos olhos; quem bebe, com as cusparadas indesejadas.

O fumante suja a cidade com suas pontas de cigarro, facilmente evitadas se usassem cinzeiro portáteis ou jogassem no lugar devido; quem bebe, fala alta, vomita em qualquer lugar. Uma reação orgânica sem controle. O fumante fica consciente, já o embriagado perde quase sempre a consciência.

Só que deveriam proibir a publicidade de qualquer tipo de bebida alcoólica, mesmo aquelas com pouquíssimo teor de álcool; os bares teriam que ser fechados antes das 23 horas; e menor flagrado com bebida deveria ir para o Conselho Tutelar e os pais para a cadeia!


Agora, me responda: o cigarro só é vendido mesmo porque dá lucro para o governo - às vezes, eu nem sei se houve lançamento de alguma marca.




Mas a bebida alcoólica continua desfilando o seu poder letal por todos os lados, desde a revista até o rádio e a TV.

Para tirar um fumante de um restaurante, é fácil. Para fechar um bar, cheio de gente desocupada, de cara cheia, nem com intervenção policial, só se houver distúrbios graves, como brigas, mortes etc.


Mexeram com o cigarro? Então, que mexam agora com a bebida!

Chega de hipocrisia !

Capitalismo !



* * * * * * * * * * * *

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu cometário: