As
gárgulas, na arquitetura, são desaguadouros, a parte saliente das calhas de
telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede.
Na
Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas,
comumente presentes na arquitetura gótica. O termo se origina do francês
gargouille, originado de gargalo ou garganta, em Latim gurgulio, gula. Palavras
similares derivam da raiz gar, engolir, a palavra representando o gorgulhante
som da água; em italiano: doccione; alemão: Ausguss, Wasserspeier.
Acredita-se
que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o
demônio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos
locais sagrados.
Uma
quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura similar que não
funciona como desaguadouros e serve apenas para funções artísticas e
ornamentais. Elas também são popularmente conhecidas como gárgulas.
O
termo gárgula é majoritariamente aplicado ao trabalho medieval, mas através das
épocas alguns significados de escoar a água do telhado, quando não conduzidos
por goteiras, foram adotados.
No
antigo Egito, as gárgulas escoavam a água usada para lavar os vasos sagrados, o
que aparentemente precisava ser feito no telhado plano dos templos. Nos templos
gregos, a água dos telhados passava através da boca de leões os quais eram
esculpidos ou modelados em mármore ou terracota na cornija.
Séculos
XIX e XX
Gárgulas,
ou mais precisamente quimeras, foram usadas na decoração no século XIX e no
começo do século XX em construções de cidades como Nova Iorque e Chicago.
Gárgulas podem ser encontrados em muitas igrejas e prédios.
Uma das mais impressionantes
coleções de gárgulas modernas pode ser encontrada na Catedral Nacional de
Washington, nos Estados Unidos. A catedral iniciada em 1908 é encrustada com
demônios em pedra calcária.
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